segunda-feira, 30 de novembro de 2015

RP na Coina - 1ª Corrida B- Planet


Partida! Lá vamos nós!

Boa, não há atravancamentos, a malta já está a correr! Mas xiça... o que é isto?... Doem-me as pernas e estão presas... será nervos? Mas então o aquecimento não serviu para nada? Até aqueci bem, se calhar é por estes primeiros metros serem ligeiramente a subir... ai ai ai,  já estou a ver que isto hoje vai ser difícil!
Vou controlar o passo..., e vou arriscar um ritmo vivo e seja o que o destino quiser! Lá para a frente logo se vê, agora não quero pensar nisso!
Olha a placa do 1º km... hum, quanto é que marca o cronómetro? - 4:08 min! Boa, vamos ver se consigo manter este ritmo! Vou-me arrebentar todo hoje!!! :)

Olha a primeira subida, são só cerca de 50 metros... baixo ligeiramente o ritmo, feito.... agora a descida... aproveito! As dores nas pernas foram-se embora!
Vou encostar a este matulão de 1.90 e 90 kg e aproveitar o ritmo dele... Mas como é que este tipo mantém este passo com este tamanho??? Não é o estereotipo de um corredor!

Placa dos 2 km... 8:25 minutos! Boa! Apesar da subida, estou dentro do desejado!
Aí está outra subida, a mais comprida. O que vale é que também a vou descer na volta! Bom, afinal não é assim tão inclinada e dá para manter uma boa passada, mas não se vê o seu fim!
Feita a subida e tchau aí ó matulão. Eu bem estava a achar este ritmo demasiado rápido para ele... :)
Olha outro...o tipo das calças de fato de treino e dos ténis de basket (na foto)! Tchau também! Bem me parecia que ias depressa demais! Continua nas corridas pá, mas muda de equipamento, pois tens potencial  ;) 

Vou estabilizar o ritmo até aos Foros da Catrapona onde é o retorno, pois isto é uma recta interminável para lá... e para cá! Porra mas que estrada tão comprida... mas estou a aguentar bem!
Placa dos 4 km... 16:25 min! Boa, está na média...
Olha os três primeiros que já regressam...  que grande passada (o vencedor Carlos Saias terminou com o tempo de 33:28 minutos)
Aparece a placa dos 5 km, com curva a 180º e abastecimento. Pego na garrafa e abrando um pouco para beber dois goles de água! Nem controlei o meu tempo...
Vai! Recupera o ritmo que estás bem, mas não te podes esticar!!!
Vou juntar-me a este trio e tentar estabilizar a passada! Não os passes que eles vão bem e na conversa... fónix, mas este tipo conhece toda a gente? Cumprimenta tanta malta que vem no sentido contrário! E não se cala a falar de comida e o catano... :) bom, é sinal que vai bem... vou aproveitar a boleia deles e ver o que isto dá!

Aproxima-se o final da recta e a descida comprida, onde vou tentar relaxar!
O trio começa a desfazer-se e aproveito a boleia do mais rápido, um que não ia a falar! 
Isto devia ser sempre a descer... assim é que era bom... mas se é bom para mim,  é para os outros, pois não estou a passar ninguém!
O tipo do trio, foge de mim e até ao final da prova esteve sempre a 15/20 metros. A partir daqui fui sempre sozinho.
Placa dos 8 km... 32:35 minutos! Oi?  Deixa lá ver... se fizer 4 e uns pozinhos ao km, vai dar! Está quase garantido, desde que não dê o estoiro!
Já só falta o sobe e desce mais ligeiro e depois é ligeiramente a descer até à Meta, por isso, vou conseguir chegar perto dos 41 minutos! É possível, vou esforçar um pouco este ritmo! Olha a malta da caminhada, será que vou fazer uns ziguezagues? Mau, só espero que não atrapalhem o pessoal dos 10 km!
Olha a estação... porra, raio da rotunda, é feita a curvar e a subir e ainda a contornar uma família a caminhar por dentro e isso não está com nada! Já vou um bocado desengonçado! Saiam da frente que estou a sofrer, caraças!!! :)
Falta pouco... já estive aqui a aquecer antes da prova... é só mais um esforço! Olha a última rotunda... a descer... estico a passada para a Meta, vejo algum público a incentivar e a bater palmas e... FEITO!!!
Missão cumprida e novo recorde pessoal nos 10 km! Fico super contente, e faço um gesto com o braço do tipo toma e encaixa, que já está!
Recebo a garrafa de água e o saquito com umas publicidades, uma fita e uma esferográfica! A crise não dá para mais... :)

Vejo a esposa e espeto-lhe um beijo!  Consegui bater o meu recorde, digo-lhe! Obrigado pelo apoio!
Recupero a respiração e começo a assimilar o tempo que fiz e a recordar-me dos treinos que tenho feito nos últimos tempos e de como deram frutos! Valeu a pena!



A partida, folgada, como se deseja:

O tempo esteve fenomenal para correr, com Sol, temperatura fresca e sem vento!
Em relação à organização, nada a apontar! Foi uma corrida simples, com percurso marcado com placas de km e um abastecimento de água aos 5 km. Não é preciso mais que isto! Espero que esta tenha sido a primeira Corrida B-Planet de muitas, pois a malta gosta destas provas perto de casa! 
Para ajudar à causa até usei a camisola técnica oferecida, bastante boa por sinal, o que normalmente não faço!
Classificação 62º em 310 participantes.


Hasta!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Corre Jamor 2015. Como foi...

Boas!


O Môr ontem lá foi à prova e foi assim:


Num belo dia para correr, solarengo e com uma temperatura amena,  fui matar saudades da zona olímpica :) , na 6ª edição do Corre Jamor.
Cheguei cedo pois não tive oportunidade de levantar o dorsal da prova nos dias anteriores e tive que o fazer antes da prova. Eram 09h00 e já por ali andava a vaguear... e a prova só começava às 10h30! Felizmente tive o apoio e companhia da esposa e o tempo de espera passou mais depressa.
Da malta minha conhecida e que anda nestas andanças, só vinha o Simões, que anda a experimentar outros terrenos que não os de estrada e parece que gostou disto: " a distância até se faz melhor!", dizia ele!
Também apareceu o "Limpaneves". O Frederico "Froids" é um companheiro de BTT de longa data e também ele se estreou a competir na terra... a correr, pois na BTT tem mais quilómetros que eu nas duas modalidades... Diz que gostou e vou esperar ansiosamente para ler a crónica desta prova no seu blog!


O ambiente estava animado na Praça da Maratona, com os participantes da caminhada de 3 km e da prova dos 10 km a serem incentivados pelos speakers e pela malta das aeróbicas, que puseram todos aos pulos! E foi com essa boa disposição geral que todos entraram na velhinha pista de tartan do Jamor, para a zona de partida onde se realiza a prova dos 200 metros. Coloquei-me bem na partida e este é um procedimento que estou a tentar não falhar... pois partir bem faz toda a diferença!


Estivemos ali poucos minutos... 3 ou 4... até que se iniciasse a prova, para logo cumprir uma volta à pista e sair desvairado para a estrada em direção à zona das piscinas. Nessa parte inicial, a descer,  é fácil embalar para um andamento rápido e no meu caso embalei demais, pois ia ouvindo alguns comentários do tipo: "vamos a média de 3:55"... o que me alertou para refrear um pouco o ritmo, que esta não é uma prova rápida...
Cumprido o percurso da zona baixa do Vale do Jamor, era altura de subir novamente para a zona do estádio, passando pela 1ª subida em terra batida, que já é uma velha conhecida de outras ocasiões, pois é sempre percorrida no Corre Jamor e no Duatlo do Jamor. E custa sempre...


Voltando à estaca zero de altimetria, entrámos na mata das imediações do estádio, a subir pela sua esquerda e aí fizemos uma série de ziguezagues pelos trilhos e caminhos com algumas subidas e descidas. Aos 6 km comecei a acusar algum cansaço, e apesar de me ter treinado para este tipo de terreno, só me sentia confortável no plano, onde facilmente impunha um ritmo mais rápido, o que não acontecia nas subidas, onde me doíam os músculos das coxas e ia-me abaixo. Todavia, não devia ser só a mim que doía, pois os "companheiros de luta" que ora me ultrapassavam, ora eram ultrapassados, também não se distanciavam daquela zona do pelotão.
O terreno da mata estava na sua maioria seco, bom para correr, e só o notei mais escorregadio em uma ou duas zonas mais escondidas do Sol, na parte de trás do estádio. Devido ao orvalho matinal,  algumas zonas empedradas também estavam escorregadias, sendo no entanto bem assinaladas pelos elementos da organização.
Perto do final, cerca do 9º km, passámos pela zona superior do estádio e pela tribuna presidencial, onde se tem uma vista abrangente de toda a zona do evento e da meta, na pista de tartan. Também já se ouviam os speakers, que iam identificando os participantes na meta pelo nome do dorsal!
A partir dali já só seria praticamente a descer e o ânimo aumentou, tal como as forças para acabar a prova!
Na entrada da Praça da Maratona sentimos o apoio do público e isso ajuda bastante. Se as pessoas soubessem como ajuda, acho que batiam mais palmas...
Fiz a última volta à pista e lá terminei a prova cheio de glória, com direito a  que o speaker dissesse o meu nome e tudo! :)
O que o speaker não sabia, era que aqui o menino estava todo partido! :)


Fiquei em 105º lugar, com 45:20 para os 10 km percorridos.
Terminaram a prova cerca de 1400 atletas!


Esta é uma prova a repetir! Gosto do percurso, do local e da organização!


Hasta

domingo, 1 de novembro de 2015

Treino Gold no Monsanto!

Boas!

Durante a semana anterior a ansiedade da malta crescia dia após dia, para que chegasse o fim de semana e irmos treinar no Monsanto, com o Campeão Nacional de Ultra Trail - Hélder Ferreira!
Pronto... se calhar estou a exagerar na questão da ansiedade... mas só um bocadinho! :)
Mas quem não ficaria entusiasmado com esta oportunidade? Eu fiquei, claro! Foi um privilégio!

Os corajosos que enfrentaram o alerta laranja!

Simpatiquíssimo, o Hélder acedeu em ir treinar com estes "côxos" e  partilhar algumas experiências, dicas e histórias sobre a modalidade, que foram disfrutadas até ao tutano! :)
É muito diferente absorver a informação de quem tem a experiência de correr na elite, da de ler sobre esses temas na internet ou em manuais e revistas! Foi um workshop de luxo!
Tivemos azar com o estado do tempo, que não estava para meninos,  com avisos e alertas laranjas e vermelhos em algumas zonas do país. Na noite anterior ainda questionei se iríamos para a frente com esta empreitada, ao que me foi respondido que sim, que ninguém iria vacilar perante umas gotas de chuva e que o Hélder também não! Também não seria por minha causa, pois adoro correr à chuva!  Todavia, o Monsanto com muita chuva... tem muito que se lhe diga, pois fica escorregadio e algumas zonas são barrentas e têm muitas poças e raízes, dificultando as subidas e descidas mais técnicas.
Mas fez-me bem e quando cheguei a casa  fui verificar...  tenho mais três cabelos no peito! :)

Durante o percurso o Hélder apresentou-nos algumas "subiditas", explicando algumas técnicas de subida e também algumas "desciditas" mostrando como se faz! A malta ia atrás como podia e conseguia, mas o ritmo imposto foi sempre acessível tendo em conta o nosso nível. - "Até a andar podemos ir" dizia o Hélder, o que interessa é manter o grupo! O Moreira brincava e dizia que o Hélder estava a fazer o arrefecimento pós-treino ou cool-down connosco, o que era literalmente verdade, pois ele já tinha feito o seu treino antes de nós chegarmos, bastante cedo! Bai lá Bai! :)

 Quando a malta se reúne... dá nisto! Enfim, patetices... :)
 
Já conhecia o Monsanto devido ao BTT, mas há sempre algo novo e perspectivas diferentes de abordar a mata. O Hélder mostrou-nos o seu percurso e por exemplo, nas Pedreiras, onde a malta desce aquela rampa enorme com as BTT...  nós hoje subimo-la, a correr! Nunca pensei fazê-lo! Cedo nos apercebemos que para chegar ao topo competitivo na modalidade de Trail, tem que se treinar bastante e ter uma grande entrega ao sofrimento. Apesar disso, o fator diversão está sempre presente. De outra forma não poderia dar certo!
Aliás, durante todo o treino, notou-se bem a paixão com que ele corre e vive para o Trail. Ouvi-lo falar foi sempre cativante e a facilidade com que fala enquanto corre é impressionante e é um sinal de excelente forma!
Depois das Pedreiras, dirigimo-nos para a aquela subida paralela à autoestrada que eu simplesmente  apelidava de "comprida", mas que o Hélder e a malta do Trail, lhe chama a "Cabra"! Já conhecia a "Cobra" em Palmela e agora fiquei a conhecer a "Cabra". A Cabra é dura e eu batizei-a com outros nomes no final! :)
 
 
Na parte final do percurso, passámos por outros singletracks muito engraçados entre a vegetação, que a descer eram feitos mais rapidamente, apesar do rêgo de água no meio e poças de água do Planeta Marte... com água laranja, entenda-se! Se no início ainda me desviava de algumas poças, no final já nem ligava a isso. É sempre assim, quando já estamos de cabeça perdida :)
Foi um splash splash spalsh até ao final, no Calhariz!
Terminado o treino, o Hélder, generosamente, ainda nos deu a provar uns produtos da Gold Nutrition, e fiquei fã da marca! Gostei dos sabores!
Foi um treino inesquecível, sem dúvida! Adorei!
 
Obrigado Hélder Ferreira, por tudo!
 
Falta aqui referir um pormenor: choveu desde que saí de casa, até chegar a casa!

Hasta
 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Corre já môr...

Boas!


E depois da Meia do Rock o que vislumbro no horizonte? O Corre Jamor 2015!
É já daqui a duas semanas, mais coisa menos coisa.


E que expectativas tenho para esta prova?
-Melhorar o ritmo!
Foi uma das primeiras provas deste meu regresso à modalidade e como o percurso deve ser mais ou menos o mesmo, quero melhorar a média ao km nesta prova que foi de 4:32, na prova de 9 km, em 2012.
A prova agora é de 10 km, mas não será naquele sobe e desce que irei bater o meu recorde, por isso os recordes estão fora de questão!
Três anos depois, vamos ver como se porta aqui o velhote!


Gostei muito da prova em 2012, principalmente do percurso, que varia entre estrada, trilhos e terra batida, entre a vegetação e mata do Jamor, com alguns sobe e desces para aumentar a dificuldade.
O ambiente do Jamor também é uma saborosa visita ao passado, pois ali participei em algumas provas de corta-mato e de pista... nos meus tempos áureos...!


Depois de recuperar da Meia Maratona, voltei à normalidade e os treinos têm corrido bem, alternando a estrada e o mato, mas agora que a hora mudou fica mais difícil treinar no mato, pois como treino ao final da tarde, a escuridão não o permite, por causa do bicho-papão!


Este fim de semana devo ter um treino muito especial... e se se confirmar, depois conto como foi!
Estou em pulgas!

Hasta

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Meia-Maratona Rock n' Roll 2015



Boas!
Para uma participação de última hora... isto até nem me correu mal: 1:40:05 (chip) para percorrer os 21.097,5 metros.
Foi muito perto da marca que eu apontava em privado aos amigos, que me perguntavam sobre o que esperava desta prova. Falhei por 5 segundos! Prometo que na próxima vou tentar estar mais concentrado! Mas esses 5 segundos a mais talvez se devam ao facto de nos abastecimentos eu ter bebido parado os copinhos de powerade, para não me lambuzar e ficar todo pegajoso! Desta forma não corria o risco de ficar com insetos presos na cara e pescoço, tal como os automóveis quando fazem viagem mais longas...
Mas pronto... falhei por 5 segundos, mas apesar disso é a minha 2ª marca na distância e fico muito satisfeito por isso!
Mas eu disse na próxima?... Não acredito! Ainda ontem disse que não faria mais provas destas... enfim!


Mas nem tudo foram rosas...
De manhã, ao acordar, o cenário estava literalmente negro e assustador!
Acordei às 06h15, ainda de noite, ao mesmo tempo em que o São Pedro mandava cá para baixo tudo o que tinha à mão... chuva, vento e trovoada! Folhas e ramos pelo chão, caixotes do lixo tombados... uma desordem na minha zona! Não há de ser nada! Vou na mesma! :)
Tentei sair de fininho de casa, mas a esposa acordou e, preocupada com o tempo, ainda me apareceu com um casaco impermeável na mão, para eu levar! "Obrigado, mas deixa lá isso,  não me vai servir para nada, pois já tenho a minha poncha artesanal preparada.  Levo um saco do lixo preto, com uns buracos para a cabeça e braços, que  vai servir perfeitamente. Depois é só colocar no lixo antes da prova, pois vou correr de t-shirt! Vai dormir, é cedo!".
Já se habituou a estas coisas... já nem questiona nada! :)


A caminho da prova, na A2  a caminho da ponte 25 de Abril, cai uma carga de água brutal, de tal modo que alguns carros à frente abrandaram por falta de visibilidade! Xiça! Nessa altura, quando já eu me questionava porque é que ia a esta prova, sabendo das condições que me esperavam, tocava no cantante do carro o tema "Why" da Annie Lennox! ehehehe  há coisas que parecem planeadas... vou contar este episódio no blog, pensei eu!
Mas realmente, Why? Porque é que um gajo se mete nestas andanças com este tempo? Ainda por cima num tipo de prova que eu nem aprecio muito... Porque é que se sai da cama cedo e com estas condições atmosféricas, a adivinhar que vai apanhar uma molha brutal na prova... e mesmo assim vai?
A resposta dava pano para mangas...


Chegado ao Parque da Nações e após uma calmaria, começa de novo a chover! Mau...
"Isto não há volta a dar, pensei eu!" Já me visualizava na prova todo molhado, a correr com os pés ensopados, mamilos assados, enfim...
Aproximei-me dos transferes da organização e estranhamente estavam 4 autocarros em fila, à espera de encher de participantes, mas a malta com receio de ir para a ponte apanhar com a chuva, estava a adiar a ida para a Ponte Vasco da Gama e os autocarros não partiam! Foi nessa altura que também recebi a informação que a organização estava a dar ponchas de plástico a todos os participantes. Boa! A minha poncha fashion foi logo despachada!


Chegado à Ponte Vasco da Gama, já não chovia e havia apenas algum vento. Fixe! Usei a poncha até 5 minutos antes da partida e deu muito jeito para proteger do frio! Durante a manhã não choveu mais... quem diria hein?
Como fui dos primeiros a chegar, desta vez consegui ficar colocado a uns 5 (cinco) metros da linha de partida! Que luxo! Graças a esse posicionamento, a minha partida foi logo a correr, sem ziguezagues nem acelerações e travagens. O único senão disto foi ter que ficar cerca de 1h15 à espera da partida... sentado, em pé, sentado, em pé... mas vale a pena para quem quer arrancar bem!
Ao sair da ponte e ao olhar para trás, via-se o tabuleiro cheio de atletas, com alguns ainda a partir lá atrás, onde eu costumo ir...


Com uma partida à vontadinha, a soltura era à vontade do freguês e o cuidado a ter era o de impor um ritmo adequado à forma atual, o que após os primeiros 2 kms, foi conseguido, com o cuidado de não deixar acelerar muito, para não sofrer no final. Consegui manter o ritmo à volta dos 4:45 ao km, com uns kms mais rápidos, outros menos e fui aproveitando todas as águas, bebidas isotónicas, géis que levei e mais o que a organização deu, para ajudar à causa.


A prova é praticamente plana e boa para manter o ritmo, mas este ano o percurso passou por cima do viaduto na zona de Xabregas, obrigando a uma subida que quebra o andamento. Nos últimos 3 km do percurso senti alguma dificuldade em manter o ritmo e estava quase a quebrar, pois já ia bastante cansado, mas com o apoio do público no final, o ânimo subiu e fui buscar algumas forças que estavam escondidas para acabar a prova. A parte final do percurso engana, pois quando entramos no Parque das Nações e julgamos estar a chegar à meta, ainda damos ali umas voltas ao quarteirão durante cerca de 1 km, que nos fazem penar um bocadinho. Vi alguns casos de malta que pensava estar próximo da meta e deram o sprint final, mas não "era já ali" e voltei a passa-los.
Durante toda a prova quase não olhei para o cronómetro, nem fiz contas se iria para determinado tempo e só no final é que reparei que iria cumprir a 1h40 que tinha fixado para mim mesmo.
Cortei a meta e mais uma vez pensei " Não volto a fazer meias maratonas. Isto não faz o meu estilo e é muito desgastante! Para quê isto tudo, todo este cansaço? Tens 47 anos pá! Não há necessidade... "
Mas na próxima será melhor!
Xiça, lá estou eu outra vez...


Hasta












segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Give me five na Rock n' Roll!

Dá cá mais cinco!
Esse é o gesto que eu espero fazer no final da Meia Maratona Rock n' Roll do próximo domingo!


E é o número cinco, pois será a 5ª meia em que participo. Uma mão cheia! Ena pá, já tenho histórias para contar aos netos! Eu que dizia que a Meia Maratona e a Maratona eram provas para malucos! Pois é... há aí uns ditados populares que se aplicariam a esta situação!


As outras foram:
2013 - Meia EDP - 1:48:45
2013 - Meia Descobrimentos - 1:34:15
2014 - Meia Almada - 1:40:50
2015 - Meia EDP - 1:48:16


Cada uma tem uma história, resumida:


2013, Meia EDP - A estreia numa prova desta distância! Para tirar dúvidas...
2013 -Meia Descobrimentos - O brilharete, com a ajuda do Ricardo.
2014 e 2015 -  As meias do "estouro", graças ao calor! O estouro de 2015 foi ainda maior...


Para este desafio inesperado até há 10 dias atrás, o menino passou a treinar-se com afinco, e julga-se preparado (ah ah ah ah ah... esta foi muito boa) para esta prova e com a experiência das outras provas, vai tentar ter cabecinha e controlar o ritmo (ah ah ah ah ah esta ainda foi melhor).


Últimos treinos mais relevantes:


27/9 - 15 km, ritmo  5:02
Foi no Trail do Pinhão. Pois é... foi uma prova que considero um treino longo, e correr na areia solta foi ótimo para os treinos seguintes.


1/10 - 10,3 km em 51:46, ritmo médio 5:01


4/10 - 14.9 km em 1:17:56, ritmo médio 5:12


7/10 - 9 km em 43:00 ritmo médio 4:43


11/10 - 12,4 km em 1:01:15 ritmo médio 4:55


Pelo meio houve uns treinos mais levezinhos... só para o esqueleto mexer e manter!
E é isto! A moral está em alta, só falta o resto!

Como diria o Adolfo Luxúria Canibal... vai ser "Sempre a rock n' rolar"!


Hasta



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Rescaldo do 1º Trail do Pinhão - 2015



Boas!


No título desta mensagem fiz questão de referir que é a primeira edição e colocar a data, na esperança que esta prova seja a primeira de muitas. Foi uma boa iniciativa a de aproveitar aquele pinhal imenso para realizar esta prova de corta-mato ou Trail, traduzindo para português :)
Desde já envio os parabéns à organização, do Clube Águias Unidas e Mundo da Corrida. Faço um único reparo às fitas de marcação, que por serem amarelas se confundiam com a vegetação, que nesta altura do ano já está mais amarelada e ainda com as flores, também amarelas. Talvez  fosse melhor umas fitas vermelhas, para pitosgas como eu?




O Barbas...
Montado na minha BTT já ali tinha passado muitas vezes e os caminhos não foram por isso novidade, adivinhando mais ou menos o percurso dos 15 km com antecedência. Já sabia que iria apanhar alguns estradões e alguma areia fina tipo praia, ainda para mais nesta altura do ano, quando está tudo seco e solto. Também sabia de antemão que apesar de a zona ser praticamente plana, existem alguns pequenos vales e daí se adivinhavam algumas sobes e desces para quebrar o ritmo.
Foram organizadas duas provas de corrida, sendo uma de 35 km e outra de 15 km em que me inscrevi e foi ainda realizada uma caminhada.


A partida para os 35 km
Dada a partida, às 09h15 e após 100 metros de piso muçulmano al-catran, logo entrámos na mata para aí cumprir o percurso. Sendo uma prova de 15 km, resguardei-me no início (finalmente a cabeça começa a ter juízo), pois habitualmente faço provas mais curtas e 15 km... é quase uma meia-maratona, com a dificuldade acrescida de correr no mato. Andamentos vivos, nem pensar! Posicionei-me no meio da corrida e fui passando... passando... passando e só me lembro de ter sido ultrapassado por dois atletas.
A preparação para esta prova não foi a melhor, mas senti-me bem até aos 12...13 km, altura em que acusei algum cansaço e  impus a mim próprio um ritmo confortável para acabar sem sofrer e ir combatendo com a areia solta, que ia causando algum cansaço extra e me castigou as pernas.
Havia muita areia! Calculo por alto que aproximadamente 15 a 20 % do percurso era areia mais solta. Era como correr nas dunas da praia e era difícil manter um ritmo, com os pés sempre a quererem entortar as pernas. Aqueles corta-fogos vão ficar na minha memória! O resto do percurso que não era tão solto, também estava bastante mastigado! Os estradões de terra batida sabiam que nem ginjas para descansar e aplicar um ritmo mais forte.
O dia estava quente e embora a prova começasse cedo, depressa aqueceu, não fosse esta prova realizada no deserto do Mário Lino. As sombras dos pinheiros ia sendo estrategicamente aproveitadas para não aquecer tanto a máquina e no final a areia já nem fazia tanta confusão, pois "fazia parte", mas quando pisei os últimos 100 metros de alcatrão antes da meta, foi uma alegria! :)












Umas recordações originais da prova para os primeiros classificados. 
Bah... tenho lá muitos em casa... dão umas belas acendalhas! :)

No final cortei a meta com o tempo de 1:15:33  para os 15,1 km do percurso, que dá uma média de 5:00 min/km. Classificação: 28º entre 123 participantes. 
Resultados afixados 15 minutos despois da prova e atualizados assim que os participantes iam chegando e a folha enchia. Muito bem!

Gostei da prova, que foi um bom desafio físico e se houver mais edições, espero participar.


Ah... estreei em prova a minha última aquisição, uns Salomon Speedcross III, que foram fundamentais para ter "grip" em algumas situações mais pedregosas, a subir e descer e a transpor a areia solta! São bastante confortáveis e estáveis e têm um sistema de atacador original e eficaz. Dizem que são muito bons para a lama e eu estou ansioso de os sujar!


Classificação Geral


Hasta
 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Seixal Night Run 2015 . Rescaldo

Boas!
Mais vale tarde que nunca, por isso cá estou eu a descrever como foi a prova da passada sexta-feira!

Desta vez, por ser perto de casa, iria ter apoio da família! Mulher e filhos! Até tem outro sabor a prova e... outra motivação! Um gajo tem de mostrar para que é que sai de casa para ir treinar durante a semana! Mostrar serviço! :)

Chegados à baía do Seixal, logo nos deparámos com aquela maravilhosa baía e com o ambiente montado. As ruas estreitas do Seixal favorecem a aglomeração do público, que puxam pelos atletas na com entusiasmos. Os escalões mais jovens já corriam e serviram para aguçar a vontade de ir correr.
A noite estava amena, boa para correr e pessoalmente, sentia-me bem, apesar dos poucos treinos específicos que tenho realizado.
Aquecimento feito... e lá está o personagem na partida... muito atrás... para variar! tenho de começar a ser mais expedito nesta matéria...
Começa a prova e pelas ruas estreitas, cheias de atletas, não consigo progredir. Ia lento e só ao fim de 700/800 metros arranjo espaço para começar a soltar o andamento. Eh pá... e sentia-me mesmo bem a soltar a franga! eheheh... Fui acelerando, acelerando e passando...  e passando! O retorno era assinalado com uma pulseira flourescente, apropriada para o ambiente noturno e no regresso continuei a acelerar e já devia estar com um ritmo perto dos 4:10 min/ km, que mantive (tenho de arranjar um desses relógios com GPS e outras modernices...
Devo ter terminado perto dos 4:05 ao km!
No final ainda deu para um sprint, e passar dois ou três atletas, mesmo não ganhando nada com isso... só porque sim! :)

Terminei os cerca de 6250 metros em 27:20 pelo meu cronómetro... e fiquei em 25ª no escalão, entre 61 atletas.

No final, a organização (sem falhas) foi engenhosa e orientou os participantes por entre uns "esses" de barreiras, encaminhando-os para umas bem merecidas águas e para um brinde simpático, na forma de um copo de cerâmica com as inscrições  "SeixalNightRun 2015". Tudo do grátis! Muito simpático!

Para o ano há mais... tenciono repetir, desta vez mais bem posicionado na grelha da partida!

Hasta!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Seixal Night Run 2015

Boas!


Eu bem quero acalmar a cena das corridas... mas as provas perseguem-me! Grandas melgas... deslarguem-me, pá :)


Esta prova é à porta de casa, na baía do Seixal, com partida às 22h30 e são só 6 km!
E ainda por cima à borla! Irresistível! Mais sex-appeal junto... não há!


Mesmo com os poucos treinos que tenho feito, e a meio gás, lá terá de ser! E como estava com dúvidas sobre a minha forma atual, ontem realizei um teste num treino de 6,4 km em 30:43 min.
Senti-me bem, e apesar do calor que estava às 6 da tarde, consegui manter um ritmo jeitoso e acabar forte, por isso, siga para Bingo!


Como a prova é já na próxima sexta-feira,  vou ter que alterar pequenas rotinas e cortar com a bejeca e com as caipirinhas até lá! Disciplina total, pois os últimos tempos têm sido uma Vida Loca :)
E depois.. férias (digo eu)!


Hoje é o último dia de inscrição... Seixal Night Run

Hasta









quarta-feira, 10 de junho de 2015

Corrida do Sal 2015 - rescaldo



 Foto retirada do blog da prova: http://provadosal.blogspot.pt/
 
 
O dia amanheceu cinzento e fresco em Fernão Ferro e fiquei mesmo contente por esse facto! Até fui passear o cão de casaco! Tótil... depois do calor que tem estado, este era um grande dia para correr os 10 km na zona ribeirinha de Alcochete!
Mas, já no carro e conforme me fui aproximando de Alcochete, as nuvens foram-se dissipando e estava um belo dia naquela zona... para a praia, com muito calor e com imensa gente na praia dos Moinhos, que eu desconhecia. Pronto, lá vai ter que ser com calor, o que se há de fazer?
A Praia dos Moinhos tem um enorme areal, uma boa esplanada de apoio e as ruas arranjadinhas e bonitinhas ao seu redor! Sim senhor, hei de ir ali mais vezes!
E a prova? Bom, a prova é difícil e... pitoresca! Gostei de tudo, desde a simpatia da organização, ao percurso, aos abastecimentos estratégicos em locais onde "agora sabia mesmo bem uma aguinha!", tudo bom! Adorei a partida! Nada de apitos, buzinas ou pistolas - ouviu-se um "BORA" e a malta começou a correr! Fantástico! eheheh... melhor, só se fosse um "Ao ataque meus bravos!" :)
A partida é efetuada na praia, no meio de veraneantes, que aplaudiam os atletas a iniciarem a corrida na areia solta, areia esta que só terminava ao fim de uns 100 metros, onde entrámos em terra batida. Isso fez com que o início fosse calmo e controlado, pesado até! Encontrei algumas dificuldades pelo percurso que obrigavam a abrandar, mas nada de especial... uma vala, alguns caminhos com muita erva seca, o calor sufocante na zona da Ponte Vasco da Gama e os dois últimos quilómetros na praia, apesar da maré a vazar. A areia não estava assim tão rija e travava o andamento numa altura em que comecei a sentir algumas dificuldades físicas. A parte final já foi um pouco penosa!
Perto da meta, encontrava-se um singular "placar de classificação", na forma de um miúdo, que sentado na areia ia dizendo aos atletas a sua classificação... 22º, disse-me ele! Espetáculo! Confiei na sua certeza, apesar de ainda não haver classificação geral no "saite". Ainda não sei quantos terminaram a prova, nem a minha posição no escalão M45, mas no início existia uma listagem de participantes com 120 atletas, pelo que fiquei contente com esta prestação!
Na meta e à sombra, haviam águas, bananas, laranjas com fartura para os atletas que iam chegando, e uma simpatia enorme da organização! Parabéns!
Levei para casa algumas lembranças, incluindo um pacote de sal da zona de Alcochete e uma enorme vontade de repetir a prova!
Tenho um único reparo a fazer... tentar realizar esta prova numa altura mais fresca do ano!
 
E pronto... finalmente estou de férias das provas e agora as pequenas corridas que vou dar, serão só para manutenção!


Editado:
Classificação individual - 23º na geral e 8º no escalão M45. Tempo: 50:06 minutos



Classificações


Novamente editado: No blog Maria Sem Frio Nem Casa obtive a informação que a prova teve 10720 metros, o que me deixa mais contente em relação ao tempo realizado.
 

Hasta!

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Corrida VW 2015

Boas!

Objetivo cumprido!
Como ansiava, fiz a prova abaixo do planeado ritmo de 4:50 min/km, correndo com média de 4:41... e cumprindo os 12.5km em 58:37 minutos!
Não é nada de especial no que respeita a performances, pois até numa meia-maratona já andei mais rápido... mas, puxando a brasa à minha sardinha, estava mesmo uma brasa durante a prova e eu parecia uma sardinha :) 
Durante a corrida, era vê-los a encostar à berma para aproveitar uma sombra de uma árvore ou de uma casa e até os participantes mais baixos andavam ao lado dos mais altos. OK, este último exemplo foi um exagero! :)
Mas estava quente, muito quente, a rondar os 30º, e sem vento, o que tornou esta prova mais difícil e  isso só reforça a satisfação de a ter cumprido em razoável prestação!

Desta vez deixei o carro na Autoeuropa e fui no autocarro de "excursão ao presunto" a Palmela. As excursões da VW são muito bem organizadas! Mas que bela viagem a ouvir histórias de corrida. A malta quer é conversa, não haja dúvida... isto da corrida é só um meio para atingir um fim! Alguns até chegam a casa a cheirar a cerveja, o que poderá ser estranho... mas adiante!

Antes da partida, junto ao Castelo, por ser alto, havia uma brisa e até se estava bem, o que contrastava com o que iríamos sentir a seguir, ao descer a encosta do Castelo.

Parti com os colegas de equipa dos Corre @ Correr , o Carlos e a Catarina, que iriam fazer a prova juntos, com o Carlos a ajudar a Catarina, mais rookie nestas andanças. Controlei a descida a um ritmo seguro e passei a placa do 1 km com 5:11 minutos.  A partir daí aumentei progressivamente o ritmo de km em km até um ritmo que me permitisse cumprir a prova sem problemas, tendo em atenção o calor que se sentia. Na zona da Quinta do Anjo começou a sentir-se um calor enorme e o pelotão já nem falava... e se alguém dizia alguma coisa, era para se queixar do calor!
O percurso teve uma alteração em relação ao ano passado, que nos livrou de uma subida tramada, substituindo-a por outra mais acessível e gostei mais desta edição, com melhores pisos e paisagens.
Levei dois géis do tipo Power/Hiper/Mega /Boost Energy, da Isostar, pois já imaginava que iria necessitar de um empurrão, dadas as minhas habituais dificuldades com o calor e a atual forma. Seria um para o abastecimento dos 4km e o outro para os 8km. Senti que estes funcionaram e que foram uma ajuda preciosa, não deixando a máquina ir abaixo.
Na parte final da prova o calor estava insuportável. Alguma malta que ia ultrapassando estava de rastos... notava-se bem a forma arqueada do corpo e a respiração não enganava!
A zona mais quente por onde passámos foi num dos estacionamentos ao ar livre onde a VW armazena os carros recém-produzidos. Aí o sol batia de chapa, sem vento, e acredito que nesse local a temperatura rondasse os 40º. Até se viam ondulações de calor junto ao chão, no horizonte... e uns lagos... e um rio...  ou não, talvez fossem miragens...
Foi a fase que me custou mais até entrar na fábrica propriamente dita, onde a sombra atenuou um pouco os últimos metros da corrida.
Terminada a prova, estava muito estafado, mas já me senti com mais dificuldades noutras provas.
No final ainda vi alguns alguns casos de desmaios e vómitos, com malta a ser assistida pelas equipas de emergência.

Quanto aos meus colegas de equipa, chegaram de mão dada, felizes pelo facto de a Catarina ter cumprido a sua 2ª prova desde que anda nestas lides, com o tempo de 1:12:50 horas. Nada mau para a nossa rookie! Mas com uma ajuda como a do Carlos, torna-se mais fácil! Parabéns aos dois!

Um episódio curioso no final da prova... quando saí da zona da meta, cruzei-me com o vencedor da prova, o Nelson Cruz, que só conheço de vista e perguntei:
- "E então, uma vitória?"
- "Sim, ganhei" respondeu ele com um sorriso!
- "Boa, Parabéns!"
- "Obrigado! A tua, correu bem?"
- "Sim, estou cansado, mas correu bem! Força!
- "Força"
Foi um breve momento, mas deu para confirmar o que já tinha ouvido deste campeão, de quem o conhece. É humilde e afável! E ganhou a prova com 38:00 minutos com um avanço de quase 3 minutos para o 2º!
3:02 min/km! Xiça!

Terminaram cerca de 1830 atletas e eu fiquei em 363º.
Como parti no último terço do pelotão, fiz uma prova de trás para a frente! Gostei!

Em relação à organização, na minha opinião esteve bem, desde as inscrições até ao final. A única situação digna de registo e que a organização teve de contornar foi o atraso de 10 minutos na partida, para esperar pelos últimos autocarros de atletas, mas informou os participantes na partida e lamentou o sucedido. Estão desculpados!

Para o ano há mais VW e agora... agora estou de férias da corrida no que respeita a provas, até Setembro/Outubro.

Hasta











 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

BTT na Arrábida com os Papatrilhos - 10/05/2015




Boas!

Faltam apenas alguns dias para aquela que provavelmente será a minha última prova antes do Verão, a Corrida da VW,  por isso, nada melhor que um treino à séria... de BTT! Lógico não é?  :)

Ao fim de um mês e tal de intercalagem de treinos de corrida e BTT, as pernas já não notam tanto este Mix, e aquele peso nas pernas já desapareceu. Quer dizer.. hoje doiem-me as pernas do passeio de ontem... mas durante os treinos de corrida,  aquela sensação de peso  e que prendia os movimentos, quase desapareceu.
A prova disso é que na última 4ª feira consegui realizar um treino de 9,5 km a um ritmo de 4:41 min/km, sem grandes dificuldades. Se conseguir aguentar os 12,5 km da corrida da VW a este ritmo, já fico muito satisfeito!

Ontem, para aproveitar o fantástico dia de Verão que estava,  peguei na "espanhola" e juntei-me à malta dos Papatrilhos para um passeio de BTT, que normalmente têm a Arrábida como local predileto para laurear a pevide! Ontem o protetor solar era um dos acessórios obrigatórios do ciclista, e foi devidamente aplicado na cara, braços e pernas!
Assim, besuntado e a cheirar a praia, saio ainda pela fresquinha da manhã, e vou ter com o pessoal ao Ponto de Encontro na Quinta do Conde. A caminho encontro alguns membros do grupo e logo um deles me pergunta:  - "hoje perdeste a cabeça?" :)
Era justa a pergunta, pois já há algum tempo que não me juntava a eles, mais concretamente desde Agosto do ano passado, no By Night! E antes disso deve ter sido no Agosto anterior...
- Pois... pá, perdi a cabeça, e levantei-me cedo! :)

A volta teve mais ou menos 52 km, que foram regados com a habitual boa disposição que caracteriza o grupo Papatrilhos, e entre outras, percorreu a zona da Serra do Risco, que é uma das minhas zonas preferidas da Arrábida.

Aqueles trilhos com calhaus agarrados ao chão e outros mais soltos, dão-me luta e um gozo brutal a ultrapassá-los! Haja tracção nos pneus e força nas pernas!!! Força pá!!!

A volta terminou debaixo de um calor típico de Verão, que foi compensado com uma mangueirada fresquinha e retemperadora no quintal! Ahhhhhh vida boa!

Hasta
 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Trilhos "home made"!

Boas!

Desde o "estoiro" que não postava... mas tenho andado entretido e algo arranhado! :)

Desde o dia 2 de Abril que isto anda intermitente em relação à corrida, com uns treinos fraquinhos, mas entretanto ganhei novo fôlego para os treinos de corrida e para a bike! Nos últimos três Domingos foi só BTT com o pessoal da Santa Malta.

Resumo da kilometragem do período 2 de Abril - 20 de Abril:
Corrida - 72 km
BTT - 142 km

Entretanto, e para contrariar a ideia dos santos da casa não fazerem milagres, ando a abrir caminho num trilho na mata perto de casa... a cerca de 200 metros. Tantas vezes que ali passei e não lhe dava valor, até que finalmente, enquanto passeava o cão, comecei a ver aquilo com olhos de ver... e a imaginar que poderia ter ali uma pista à maneira para uns treinos no Verão, à sombra!
Nesse pinhal há vestígios de uns trilhos que entretanto foram sendo absorvidos pela vegetação e carumas, mas eu, armado em "maluco dos bosques", estou a pisar aquilo novamente e às vezes levo a tesoura de jardim para os últimos retoques! Até o chão raspo com paus! Para quem me vê ali... devo estar fazer uma linda figura :)
Quando ficar pronto, resultará num circuito em forma de 8, com cerca de 1200 metros quase planos e sinuosos em Singletrack, a 200 metros de casa, ótimo para fazer umas séries tipo corta-mato ou para treinar o  BTT. Uma espécie de pista privada!
Espero que alguém descubra o caminho e também atalhe por ali, ajudando a pisar aquilo... e já agora, que não construam nada no local nos próximos tempos!
Se calhar vou lá colocar uma tabuleta "Trilhos para BTT e corrida" :)

Quanto a provas e objetivos... há a VW no dia 17 de Maio de 2015! Tenho de treinar mais a sério!

Hasta

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O dia do Estoiro!


Boas!

Ontem fui treinar às 18h30 e correu tão mal que dei um estoiro tão grande que só se ouviu às 22h23...
Foi ouvido em toda a Margem Sul segundo dizem as notícias na TV! Até vem nos jornais!Foi de efeito retardado! :)

Mas houve mesmo um estoiro da minha parte... no treino! E dos grandes!

Ia correr 9 km em ritmo jogging e não sei se foi do calor que estava àquela hora, ao qual não sou muito tolerante, ou se ainda foi dos efeitos da meia maratona, o que é certo é que só consegui correr 35 minutos, para depois ter que andar e correr... andar e correr... até ao final do treino! As pernas não correspondiam, e o cansaço era enorme.
Respeitei os sinais que o corpo me estava a dar e fui nesse modo até ao final do treino! Mas é frustrante querer correr e não poder!

Foi a segunda vez que isto me aconteceu desde que comecei a correr novamente! Há um ano atrás aconteceu-me isto e foi um episódio isolado... por isso o próximo treino será um tira-teimas e se me sentir cansado, tiro umas férias da corrida durante uma semana! :)

Quanto ao outro estoiro, ouvi e senti, pois moro a cerca de 15 km da pedreira e a casa abanou ligeiramente. A porta da sala ficou a tremer durante uns 10 segundos...
Até julguei que fosse alguma explosão de gás na vizinhança!

Hasta

segunda-feira, 23 de março de 2015

Meia Maratona EDP 2015

Boas!



Então sai mais uma história, esta mais atual pois é da prova de ontem, a Meia Maratona EDP 2015.

Era uma vez.... um dia que estava lindo quando acordei, bla bla bla, tomei o pequeno almoço e blá blá blá, e lá fui para o centro-sul, de onde ia a pé para a portagem!

No Centro-Sul, onde cheguei cedo por causa do corte do trânsito, tencionava subir a auto-estrada a pé até à portagem, aproveitando o corredor que estava criado pelas autoridades para afunilar o trânsito, tal como fiz noutras edições. Népia! Não se pode passar por aqui, responderam-me os Srs. Polícias... OK, sendo eu nascido e criado na Cova da Piedade, conheço bem a zona e atalhei até ao Pragal, pela Ramalha. Vou eu a subir, e noto que vou muito levezinho nas mãos...  xiça, esqueci-me da água que normalmente levo para ir bebendo antes das provas e que agora já vai a caminho de Lisboa!
Cheguei ao Pragal com a boca seca e lá fui cravar um copo de água a uma pastelaria! Isto começa bem! Para me proteger do frio matinal, levava uma poncha de plástico que me ofereceram numa prova e quase parecemos uns doentes à espera de entrar para o bloco operatório. Isso torna a coisa cómica e ouvem-se uns comentários. Assim foi quando entrei na pastelaria! Parecia um bandido a entrar num Saloon do Oeste... só faltaram as portas oscilantes e a cena estava montada!
Chego à praça da portagem bem cedo, pelas 09h15 e fico por ali à espera da malta conhecida.

Reunida a malta e prontos para a partida, que para não variar foi feita lá de trás do pelotão, chegou a hora do início da prova!
Levei 7 (sete) minutos a chegar à partida e adivinhava-se um longo serpentear pelos atletas durante o tabuleiro da ponte.  O Ricardo, que não tem corrido ia fazer a prova comigo, mas na partida perdi-o de vista e já só apanhei em Santos... e a partir daí andámos uns 10 km juntos até ele ter de parar devido a uma dor no pé, que se veio a verificar que seria uma bolha. Pois.. não corres, os pés desabituaram-se!!!
Antes disso, ainda em Alcântara passo pelo Vitor  e pela Isa dos 4 ao km, e apresento-me...
- Bom dia, tudo bem, não me estão a conhecer? Sou o Luis Estêvão, acompanho os vossos blogues!
Nem perguntei se o pé da Isa estava melhor (sorry), desejei uma boa prova e continuei em busca do Ricardo!

Perto dos 13 km, altura em que o Ricardo parou, íamos lançados talvez demais para os dois, por razões diferentes, e com um ritmo perto dos 4:30 min/km, para tentar recuperar algum tempo perdido na ponte. Mantive ainda esse ritmo por mais uns 3 ou 4 km, onde "dei o berro", perto dos 17, 18 km. Aí tive que diminuir para permitir aguentar o final da prova. O calor e a humidade estavam também a ajudar a fazer mais mossas a mim e a outros participante, e como é conhecido pelas notícias, isso trouxe consequências trágicas para um participante alemão. No final de prova passei por 3 participantes que estavam a ser assistidos por equipas de emergência! Eu próprio tive que me sentar no final da prova, pois estava a sentir-me muito ofegante e fraco. A preparação para esta prova não foi a melhor, com paragens de algumas semanas, e a medicamentação para a sinusite/rinite durante a semana antes da prova também sacaram algum rendimento e enfraqueceram-me.

Este ano fui surpreendido na zona da Meta, com aquela parafernália de corredores e filas para as bananas, águas , medalhas, gelados, que atolharam a zona da saída da prova e que fizeram com que demorasse cerca de 15 minutos para conseguir sair dali...

Para a história fica o registo de 1:48:16.

Ficou também uma vontade de refletir sobre a participação nesta meia maratona e noutras, que me obrigam a treinos mais longos do que eu deveria fazer, pois baixam-me as defesas do organismo, abrindo a porta para os meus problemas crónicos da esfera ORL.

A próxima é a Corrida VW, em Maio, com 12.5 km, uma distância mais ao meu gosto!

Hasta





   

quinta-feira, 12 de março de 2015

A lição do treinador José Araújo!



 


 José Araújo.
 
 
Mais uma história para partilhar, desta vez num misto de visita ao baú e homenagem  J
Vou aqui recordar um episódio com o meu antigo treinador José Araújo.
Foi ele que me orientou enquanto atleta iniciado, juvenil e júnior, naquela idade da adolescência, em que uma pessoa tem a mania que é o maior, que sabe tudo e se quer afirmar no mundo. Foi uma sorte e uma mais-valia “apanhar” alguém com a tarimba daquele senhor para acalmar as animosidades próprias da idade! O treinador José Araújo é uma daquelas pessoas humildes e divertidas, mas apesar disso tinha uma presença forte e inspiradora! Aparecia sempre com uma boa-disposição “marota” e sabida! Contagiante! O nosso grupo até era bem comportado, mas havia sempre aquela irreverência própria da idade, que de tão natural, só é constatada por quem está de fora a ver! Apesar da exigência, nunca se chateou com nenhum de nós e manteve sempre a rédea controlada!
José Araújo foi um atleta de relevo em maratonas nos anos 50 e sobre ele vou incluir aqui algo que encontrei na net e que copiei:
“José Araújo foi, antes do triunfo olímpico de Carlos Lopes, o atleta português que melhores classificações obteve nas maratonas das grandes competições internacionais: 8º no Europeu de Berna- -1954; 14º no Europeu de Helsínquia-1958. Tinha 30 anos (n. 3-9-1924) quando brilhou em Berna, acompanhando os primeiros até aos 38 km de prova. Nesse ano, conseguira o primeiro dos seus cinco triunfos consecutivos na Maratona Nacional.
Ele seria o primeiro português a baixar das duas horas e meia na maratona, chegando a um recorde nacional de 2.28.40,6.
Num país com tradições na maratona, eram mesmo assim raros os atletas que nos anos cinquenta se aventuravam na distância. E o desconhecimento de métodos de treino para a maratona era generalizado. Araújo chegou a correr 52 vezes 200 metros, com outros 200 metros a andar e a fazer treinos do Campo Grande ao Estádio Nacional e volta.
A par das maratonas, José Araújo fez provas de pista. E, em 1954, correu 30 km (75 voltas), estabelecendo os recordes nacionais de 15, 20, 25, 30 km e uma hora em pista, com marcas que seriam batidas apenas 23 anos mais tarde, por Armando Aldegalega.Terminada a carreira, Araújo ficou ligado ao atletismo, a treinar os jovens fundistas.”
E a minha história remonta a 1984, num desses treinos…
Durante o treino disse: “Já não participo em nada há uns 20 anos, vou com vocês correr a Corrida do Tejo! (1984)”.  Ficou tudo estupefacto! O velhote ainda queria correr numa prova?  
“Amanhã, vou rolar com vocês! Falta uma semana e meia, vou fazer alguns treinos!”
Perante tal novidade, ó meus amigos, a malta no dia seguinte não iria faltar! Com tantos treinos a levar na cabeça, e a esforçarmo-nos sob as indicações do mister, era a nossa vez de puxarmos por ele! Vais ver como nós andamos, ó velhote! :)
Se hoje, com 46 anos o meu andamento médio num treino anda por volta dos 5:05 min/km, imagino que na altura, com 15/16 anos eu andasse mais rápido alguns segundos, alguns mesmo!!! Para o nosso treinador de 60 anos nos acompanhar, teria que se esforçar! Ia ser desumano! eheheh
No dia seguinte lá estávamos prontinhos para o treino com o treinador, literalmente! Seríamos os 5 ou 6 do costume, mais o “mister”!
Arrancámos todos, com a novidade de um “estranho” companheiro no pelotão e logo nos primeiros instantes reparámos que o treinador ainda apresentava uma leveza de passada impressionante, apesar dos seus 60 anos.
Arrancámos da 2ª circular em direção ao Campo Grande, com passagem pela Cidade Universitária e volta, dando um percurso de ca. 10 km. Ao fim de cerca de 2 km, já mais ou menos embalados e aquecidos, inesperadamente quem toma a iniciativa é o “mister” e começa a puxar por nós, aumentando o ritmo! Foi tipo um estalo! Zás! Que grande chicotada no ritmo! “Então, mas o homem, o velhote, não corre há tanto tempo e anda aqui a abrir?” “Quererá se armar em bom ou quê? Nós é que temos 15 anos pá!”

Escusado será dizer o que já se adivinha… levámos todos uma esfrega tal, que lembro-me de na volta, a cerca de 1 ou 2 km do ponto de chegada eu e mais dois companheiros termos ficado para trás umas dezenas de metros, por não conseguir acompanhar aquele andamento diabólico! Olha o velhote, hein???
Talvez nos tenha querido dar uma lição, a nós adolescentes, donos do mundo e arredores? Se calhar foi isso. Mas que lição nos deu!
No final, no balneário a malta não falou muito do treino, acho eu…
 
E agora perguntam-me: “E então como lhe correu a Corrida do Tejo? Ele ficou à tua frente?”
R: “Eh pá... não quero falar disso, OK? “
Hasta


segunda-feira, 9 de março de 2015

A vitória no Cangalho!

Boas!

Uma vez que já recomecei a treinar, vou terminar a trilogia de histórias, porque depois vou estar concentradíssimo como o Futre, e não vai dar! :)

Esta é mais uma viagem aos meus tempos de juvenil/junior e desta vez nos regionais de pista da Associação de Lisboa, no velhinho Estádio de Alvalade! O ano deve ter sido por volta de 1984/1985...

Durante esses regionais de pista, iria competir nos 800 e nos 1500 metros. No dia dos 800 metros tinha de acabar a prova e seguir diretamente para um batizado e já só chegaria a tempo do comes e bebes, que teria lugar no popular e conhecido Restaurante O Cangalho, na zona saloia (ouvi dizer que fechou há alguns anos).
Para me apoiar na prova, nas bancadas tinha os meus pais e irmã.
Fazendo um aparte, esclareço que a minha carreira como atleta foi sempre mediana, pois apesar de esforçado não conseguia atingir aquele nível para vitórias ou grandes marcas. Por vezes lá contribuia com pontos para a equipa e já não era mau.

Naquele dia, lá estava eu para correr na estranha pista de tartan verde, a única do género em Portugal, e esperei a minha série, que era definida pelos tempos ao júri da prova. Nas inscrições para a série, feitas no local, a malta às vezes aldrabava um bocado os tempos para serem incluidos em séries mais rápidas, um pouco o que se passa hoje com as provas populares e as caixas de partida. Eu nunca o fiz, dei sempre o meu melhor tempo na distância, mas se fosse hoje daria uns segundos a menos, para ter melhores resultados, mas... adiante.
Dá-se a partida, e lá vou eu no pelotão para as duas voltas à pista. Os 800 metros são uma prova lixada, pois é feita no limiar do anaérobico e princípio do aeróbico, mas esta série estava lenta e na 2ª volta, para conseguir um melhor tempo decidi atacar a liderança e já não a larguei, terminando em primeiro. Tinha ganho a série, mas apenas seriam apurados os melhores tempos para a final, o que não consegui.
Entretanto na bancada, a família festejava a vitória como se eu fosse campeão.
O que estava combinado era que assim que eu despachasse a minha prova os meus pais avisariam para o restaurante, pois iriam tentar adiar um pouco o serviço para nós chegarmos a tempo. Assim foi e enquanto eu me equipei, isso foi feito via telefone, com a  surpreendente informação extra que eu tinha ganho a prova!

Chegados ao restaurante, entrámos e imediatamante oiço o artista de serviço que estava a cantar, que  interrompe a cantoria e anuncia " Uma salva de palmas para o nosso campeão, que acabou de vencer uma corrida em Lisboa. Parabéns Luis!".
De repente, cerca de 120 pessoas começam a aplaudir a minha vitória, que sabemos não ter sido bem assim. Alguns, já com umas entradas espirituosas no bucho, estavam bastante efusivos e ainda me deram uns abraços apertados!
- Mas... mas... eu não ganhei nada!", dizia eu à família! "Só ganhei a série!"
- "Ganhaste a série? Parabéns, pá! Temos campeão!!!"
Não adiantava... eu tinha ganho a prova e ninguém os convencia do contrário.
E enquanto eu percorria a sala, que era enorme, com capacidade para umas 300 pessoas mais o palco, e me ia dirigindo para o meu lugar na mesa, eu ia sendo aplaudido entusiasticamente como se fosse um campeão do mundo! "Então é assim que se sentem os campeões?" pensava eu...
Restou-me acenar e agradecer! :)

Às tantas, durante a festa, desisti de explicar um a um que o que tinha acontecido era uma simples vitória numa série e comecei a disfrutar dos louros! Que se lixe! Não traria grande mal ao mundo.
Foi assim  até ao final, com os alguns convidados, na sua maioria desconhecidos, que iam passando por mim e dando os parabéns! "Obrigado, obrigado...!"
Foi um dia de glória...

Foi assim que fui Campeão no Cangalho!

Hasta



 

sexta-feira, 6 de março de 2015

O treino do bacalhau crú!


Continuando a saga do "Enquanto não se treina... vai uma história?", fica mais uma para ir excercitando os neurónios e os dedos", e motivando o resto.

Esta é mais uma viagem aos meus tempos de juvenil, que saquei do baú!

Um certo dia de Outono, num final de um treino o treinador informou-nos: "No próximo Domingo vamos treinar para o as dunas no Guincho! - Ponto de encontro: PSP da Ajuda às 08h30!"
E sem adiantar grandes pormenores, pediu para a malta não faltar.
A malta ficou curiosa, mas com dunas pelo meio já se adivinhava um treino forte e duro! Isso era uma certeza, mas haviam dúvidas no ar.... "Vamos a correr da Ajuda até ao Guincho??? PSP? Equipamos onde?

E no dia e local marcado lá estávamos uns 6 ou 7, cheios de frio e à espera da "ação"! O nosso treinador ainda não tinha chegado e entretanto íamos sendo abordados por alguns polícias que entravam e saíam do quartel e nos viam equipados de fato de treino - "Bom dia, então, estão em forma ou quê?", "Preparados?"!
Ficámos ainda mais expectantes. Mas estes polícias conhecem-nos de onde?

O treinador chega e após cumprimentar a malta vai ao quartel falar com os polícias! Mais mistério!!! Afinal o ponto de encontro ali marcado tinha alguma razão de ser.
Alguns minutos depois sai e aparece também uma carrinha da Polícia, uma daquelas Mercedes com lugares atrás tipo brigada Swat, com bancos corridos ao comprido.
"Bora, subam, tudo lá para dentro!"
Parecia a "ramona"!

Finalmente o mister adiantou: "Vamos com a Polícia fazer o treino de dunas no Guincho!"!
AAAHHHHHH OK!
Lá fizémos a viagem até ao Guincho, nós juvenis e ainda uns miúdos um tanto ou quanto envergonhados, numa camioneta entre polícias, já homens feitos. Visto de fora deve ter dado uma imagem típica de polícias que apanharam uns miúdos a transgredir e foram dentro! :)

Chegámos ao Guincho e o tempo não estava nada agradável, com alguns chuviscos e bastante vento. Se a meteorologia não ajudava, o percurso também não ia colaborar, pois seria todo feito na areia e dunas do local.
Assim foi, durante cerca de uma hora, subimos e descemos as dunas e percorremos a praia,  para voltar a subir e descer as mesmas dunas repetidamente. A areia não ajudava nada... pelo contrário!Muito duro, duríssimo este treino, mas muito bom para a pernoca!
Era a pré-época do corta-mato e este era um treino para ganhar força, por isso o treinador não deixava a coisa abrandar - "Vamos, mais rápido!!!"
O pelotão compacto, constituído por nós e pelos polícias, que também eram atletas, foi-se dispersando e o esforço foi fazendo mossa e separando o pessoal. Lembro-me de no final do treino estar bastante desgastado! Subir dunas de areia solta é um esforço brutal, um treino para cavalos! Que bem que soube parar no final...

Terminado o treino e como o tempo estava agreste, fomos logo para a camioneta da "ramona" e lembro-me que eu e o resto do pessoal estávamos com uma fraqueza e uma fomeca tão grande que só pensávamos em chegar à Ajuda e enfiarmo-nos numa pastelaria qualquer!
Nisto, os polícias, tudo pessoal porreiraço e bem disposto, sacam de umas caixas de fruta e de postas de bacalhau (!) que devem ter trazido da dispensa do quartel... :)
Sirvam-se à vontade, disseram!
Eh pá.... cinco estrelas! Eu que nunca tinha comido bacalhau crú, agarrei-me logo a uma postazita bem parecida e comecei a trincar! Maravilha... que Pitéu dos Deuses! Até me babei todo! Aquele sal.. aquela fibra! Hum....
As peras e maçãs também foram devoradas com igual satisfação, com caroços e tudo!

Chegados à Ajuda, e como o caminho para casa ainda era longo e metia uma série de transportes, fui reabastecer à pastelaria na mesma! :)

Um abraço para os Polícias da Ajuda, que preparam um bacalhau crú como ninguém, pois nunca mais comi bacalhau crú na minha vida!

Hasta





 

terça-feira, 3 de março de 2015

Era uma vez... uma placa de sinalização!




Na falta de treinos... e para distrair a alma, venho aqui partilhar o que se passou há muitos anos num treino na 2ª circular. Outro dia lembrei-me disto e até contei a um amigo. Tenho de o postar, pensei!
Histórias de corrida são como as dos pescadores... há muitas e todos temos, mas existem aquelas que são tão caricatas que nunca mais se esquecem.

O que eu venho partilhar aqui, passou-se quando eu era um atleta juvenil, com 15/16 anos. Na altura eu ia para Lisboa treinar ao final da tarde, depois da escola, ou quando os horários permitissem. Depois dos transportes da Rodoviária e Carris, lá chegava finalmente e no Inverno os treinos eram sempre noturnos àquela hora, perto das 19h00.
Num desses dias, na companhia de outro atleta juvenil, o Paulo, rumámos do Estádio da Luz em direção à 2ª circular e em direção ao Estádio de Alvalade, para cumprirmos uma ida e volta de cerca de 30 minutos. Devido à poluição este não era um local muito utilizado por nós, pois normalmente íamos para o lado contrário, para o Monsanto. Mas naquele dia para não andar às voltas na pista fomos para ali, porque o Monsanto à noite não é convidativo!
O Paulo e eu entrámos para o clube na mesma altura, tínhamos um andamento parecido e nas provas, as distâncias preferidas e que corríamos eram as mesmas, os 800 e 1500 metros na pista e os corta-matos! Era normal treinarmos juntos muitas vezes!
Nesse treino, e já no regresso, íamos correndo no pequeno passeio cuja largura só dava para nós dois e em contramão, ou seja, com os carros a vir de frente. Quem conhece a 2ª circular, sabe que é um trânsito infernal àquela hora. Muitas luzes a ofuscar a vista...!!!
De repente, enquanto conversava com o Paulo, com o habitual bla bla bla e o andamento e o ritmo e tal... oiço um som CATRÁS (!) e enquanto falo, olho para o lado só vejo escuro, pois deixo de ver o Paulo!!! Oi? Uns 3 ou 4 metros à frente páro, olho para trás e vejo-o sentado no chão e com a mão na testa! O Paulo tinha batido com a cabeça numa placa ou sinal indicador de localidade e devido a um espetacular efeito-mola ficou sentado no chão! Talvez devido às luzes dos carros ele não se tenha apercebido do sinal, por ofuscação! Uma cena à Fail Army!

De início deu-me vontade de rir, mas logo me apercebi que ele, ao destapar a testa, tinha a mão com sangue!
Rapidamente fizemos um mini-diagnóstico e chegámos à conclusão que o melhor seria eu ir buscar ajuda ao clube, pois tinha um corte com cerca de 2,5 cm na testa! Lá fui em ultra-speed no último quilómetro para avisar o meu treinador, o Sr. José Araújo, que providenciou ajuda para o Paulo!
O Paulo foi para Hospital onde levou 2 ou 3 pontos!
Imaginem agora a reação dos outros companheiros de equipa quando souberam da história, que contámos inúmeras vezes! E pediam para repetir! eheheh
Os comentários eram inevitáveis!
- "Cuidado com esses dois, estão cá com um andamento!"
- "A que velocidade é que iam?" :)
- "Ali a velocidade máxima é 50 km/h!"
- "Mister, nós não vamos com eles, andam muito!"
E outros comentários que não me recordo agora...
Durante algum tempo, e enquanto o Paulo andou com o penso na testa, a coisa foi animada e relembrada!
Depois a história passou... até o outro dia, que a fui buscar ao baú!
Perdi o rasto ao Paulo, nunca mais o vi. Quem sabe lê um dia esta história ou algum próximo o faça e a malta ainda se encontra! Um abraço para ti Paulo!

Hasta

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Corrida do Atlântico 2015

Boas!

Pela 2ª vez participei na Corrida do Atlântico, na Costa da Caparica.
Esta é uma vila com a qual tenho uma ligação forte, devido ao meu passado de campista e principalmente pelo meu outro "hobby", o surf. Foram muitas horas em banho maria naquelas praias maravilhosas...
Por essas razões e juntando a paixão pela corrida, havendo uma corrida de 10 km naquele local e ainda por cima, passando pelo paredão da praia durante 2 kms, é daquelas que só não vou se não puder!

Chego cedo, às 09h00, mas mais uma vez atraso-me na ida para a caixa de partida e fico lá para trás, obrigando-me à gincana inicial de passar os atletas mais lentos. Há malta que só falta ir de mão dada e torna a passagem difícil! Mas a culpa é minha, que terei de me apresentar mais cedo, só que não tenho paciência nenhuma para estar ali no pelotão uns 15 ou 20 minutos à espera e a cheirar bálsamos...

Não tinha treinado especificamente para uma prova de 10 kms nesta altura, pelo contrário, o plano que estou a seguir tem como objectivo a meia maratona da EDP, em 22 de Março e tenho feito alguns treinos longos, bastante longos para mim, mas ainda assim esperava fazer um tempo na casa dos 42'/43' minutos, quiçá, bater o meu recorde na distância, pois tenho-me sentido bem.
Mas, partindo de trás... fica mais difícil.  O 1º km foi feito em cerca de 5'30'' e o 2º km perto dos 5'. Só a partir daí haveria espaço para tentar manter um ritmo adequado a esse objectivo.
O esforço para recuperar  foi maior e embora não tenha rebentado como habitualmente me sucede nos últimos 2 kms, pois até consegui acelerar nesse período, já não foi possível bater recordes. Fica para outra oportunidade!

Ainda assim, passei a meta com um registo de 44'31'', o que dá para manter a média pessoal ali pelos 45'.
Classificação no geral: 268º em 1809 atletas.
Classificação no escalão M45: 40º em 193 atletas.

Agora... falta um mês até à meia da EDP, e é treinar, treinar, treinar!

Hasta!


 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cabo Espichel - Treino Softíssimo de 23 km!

Boas!


O desafio de ir treinar para os lados do Cabo Espichel, já tinha sido lançado há algum tempo, mas sem querer, foi marcado para o fim de semana do Carnaval, o que impediu alguns dos corre@correr de participar.
Ainda assim, os "cavalos" do grupo, (forma carinhosa com que fomos apelidados pelos restantes membros que não foram, porque nós éramos uns cavalos...,) apareceram para treinar os 10/11 kms propostos, com um final apoteótico com bifana no Espichel! Nem mesmo afirmando e jurando a pés juntos que este seria um treino "soft", com andamento adequado ao grupo que aparecesse, a malta não acreditou e não quis vir! Alguns até se mascararam de matrafonas e foram brincar ao Carnaval, só para não correr conosco... Vergonhoso :)

Mas sem miaúfa, apareceu o Moreira, que é doido por estas coisas de trilhos e tralhos,  que eu desconfio que nem dormiu na noite anterior, só a pensar nisto e a preparar ao pormenor todo o "gear", e também apareceu o Ricardo, um daqueles atletas que não precisa de treinar para aparecer bem nas provas (onde é que eu já li isto?) e que não corria desde Novembro, no Corta-mato da Amora! Ah valentes!
O dia estava cinzento, com algum vento na zona do Espichel, norma do local, mas ainda assim estava bom para correr, com uma temperatura por volta dos 10/11º. As roulotes já lá estavam e a bifana no final estava mais que garantida, pois os motards que ali afluiem aos domingos eram poucos, devido ao tempo com Sombras de Grey!

Iniciado o treino, dirigimo-nos para a vertente sul do cabo e em direção à Azóia. O GPS, vulgo Gajo Para Seguir, ou seja eu, encaminhou a malta para os trilhos que se lembrava e para os que não se lembrava.


Ao fim de 6 kms e chegados ao ponto de retorno que estava planeado no desafio, perguntei ao Ricardo se estava bem, ou se queria voltar para trás, pois nessa altura o treino daria cerca de 12 kms e a coisa ficaria por aí. Mas não, a resposta era sempre que vamos andando que "estou bem". Okapa! Ai então chamaram-nos de cavalos? Então vamos fazer jus ao nome!!!



Antes de chegar à Azóia, há um estradão que acompanha a falésia até à zona da pedreira e  que desce quase ao nível do mar ao longo de 2 ou 3 kms. Aí a coisa fica mais dura e técnica, e é um local por onde passa o Ultra Trail de Sesimbra. Secretamente, já tinha planeado passar por aí, caso houvessem pernas e a malta quisesse esticar o percurso, sendo que a volta passaria a ter cerca de 18 kms. A partir daí o treino endureceu e houve menos conversa, embora fôssemos correndo e parando conforme as necessidades, vontade ou para uma pausa para as fotos. Após a descida inicial aparecem algumas subidas íngremes e que foram feitas a penantes e nas descidas pedregosas havia o cuidado de ver onde colocar os pés e fizeram-se uns ziguezagues. Nessa zona também existem uns singletracks, muito bons que serpenteiam pela vegetação e sempre com calhaus no chão que tornam esse trecho bastante divertido! Chegados à pedreira do Zambujal e depois de termos tentado sair dali por outros acessos, decidimos voltar para trás, por onde tínhamos entrado, voltando a percorrer o caminho por onde viemos, com ligeiras alterações.

O Ricardo ia dizendo que estava bem, embora já se adivinhasse  um final doloroso, o Moreira era pau para toda a obra e eu lá me ia sentindo em condições de continuar sem problemas. O magnésio e a manteiga de amendoim pareciam estar a dar resultados, tal como as meias de compressão, que na sua 2ª utilização, também ajudaram (acho eu).


No final, chegámos ao farol do Cabo Espichel, numa altura em que o Ricardo, estoicamente se aguentava, mas mesmo no seu limite. Ainda assim, já que não se vai ao Cabo Espichel todos os dias e o Moreira não conhecia, propus um desvio extra com cerca de 1 km, até à casinha de vigia que está a sul do farol, mas aí já só tive companhia do Moreira, pois o Ricardo foi andando para o final e encomendando as bifanas :)



Foi literalmente um grande treino, pois nunca tinha feito tantos kms num só treino!

Dados deste treino, lidos pelo Garmin do Moreira:




Mais que uma Meia Maratona, em trilhos...! No final senti-me bem, mas já só pensava num sofá!!! Aliás, quando vinhamos sentadinhos no carro para o regresso, o Ricardo até disse: "Eh pah, isto é muito conforto para nós!!!! " :)
Hoje doem-me as pernas!

Para a semana tenho os 10 km da Corrida do Atlântico... vamos ver como é que recupero disto!

Aos aventureiros, obrigado Moreira e Ricardo, pela excelente companhia e companheirismo e parabéns ao Ricardo por se aguentar neste raid, sem treinar há 3 meses...!

Hasta







 

Setúbal Open Water 2023

A Nadar Novamente! Após uma primeira experiência em 2022, repetimos a participação na prova de natação em águas livres do Setúbal Open Water...